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Logo no comecinho deste ano, um dos principais assuntos no meio científico foi a inclusão de 4 novos elementos na Tabela Periódica, finalmente completando a sétima linha.

Ainda sem nomes definidos, os elementos identificados pelos números 113,115,117 e 118 foram descobertos por cientistas dos Estados Unidos, Rússia e Japão. Está rolando, inclusive, uma campanha no site Change.org para que o elemento 115 – um metal pesado – receba o nome de Lemmium, em homenagem a Lemmy Kilmister, vocalista da banda Motörhead morto no final de 2015.

Mas afinal, como os elementos da Tabela Periódica são nomeados?

Como praticamente quase todas as respostas que existem por aí, a nossa começa com: depende. Tradicionalmente, os nomes dos elementos são influenciados por diversos fatores, como o idioma do cientista que o descobriu, cultura e até mesmo o entendimento que temos da química.

Desde 1947, A União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC) tem a responsabilidade de aprovar os nomes dos elementos e decidir o símbolo internacional pelo qual cada um deles será reconhecido.

Antes disso, era comum os elementos receberem diversos nomes, especialmente quando eles eram descobertos simultaneamente em diferentes lugares. O elemento 41 (Nióbio), por exemplo, foi o centro de uma confusão que durou 150 anos. De um lado, ele era chamado de columbium nos Estados Unidos, e do outro era chamado niobium na Europa. Até que a IUPAC entrou no meio e decidiu pelo niobium em 1949.

Atualmente, quando um elemento é descoberto – caso daqueles 4 que citamos no início deste texto -, os cientistas que os descobriram são convidados a propor um nome e um símbolo. De acordo com a norma internacional, o IUPAC recomenda que os nomes terminem em “ium” – uma influência do latim.

Como o objetivo destes nomes é simplesmente evitar qualquer tipo de confusão, é importante garantir que o nome em questão seja único e não tenha sido usado antes, nem mesmo não-oficialmente ou temporariamente por qualquer outro elemento.

É depois de uma avaliação que a divisão responsável decide se aceita ou não o nome. Isso geralmente leva cerca de 5 meses. É só depois disso que o nome e o símbolo são encaminhados para o conselho da IUPAC que vai aprovar tudo e, posteriormente, publicar no jornal da entidade.

Frequentemente, os nomes escolhidos têm como referência o nome do descobridor, uma homenagem a algum cientista, local de descoberta, além da influência da mitologia grega, só para citar alguns exemplos.

Por conta de sua toxidade, o nome cobalto (Co) tem origem no alemão kobalt ou kobold (um espírito maligno 08 demônio das minas). A sigla Na, do sódio, vem do nome do elemento em latim, natrium. Lítio (Li) se origina da palavra grega Lithos (pedra). Já o Estrôncio (Sr) homenageia uma vila escocesa chamada Strotian, enquanto o Roentgênio (Rg) honra Wilhelm Conrad Roentgen, o descobridor do raio-X.