Muito antes do advento de balões, aviões e naves espaciais, o homem já sonhava em voar sem asas. Prova disso está nas inúmeras tentativas de se criar máquinas voadoras que encontramos ao longo da história.
Alguns destes projetos são fantásticos e merecem ser conhecidos. Confira 6 deles abaixo:
Minerva (1804)
Criada por Étienne-Gaspard Robert em 1804, Minerva a princípio lembra a arca voadora de Zé Colmeia, mas é muito mais do que isso. Essa máquina voadora foi projetada para ter um observatório, uma sala de recreação, área para exercícios, além de uma cozinha, um teatro/sala de música e tendas para os aeronautas. Tudo isso saiu da cabeça de um cara reconhecido por trabalhar como mágico e desenvolver shows fantasmagóricos.
Plataforma Aérea (1850)
Ernest Petin era um chapeleiro que tinha como hobby projetar máquinas voadoras como esta, a Plataforma Aérea, datada de meados do século 19. Em sua mente, Petin imaginava que sua criação poderia transportar milhares de pessoas. Em 1852, depois de se mudar para os Estados Unidos, ele seguiu com seus experimentos aéreos.
Pouco se sabe sobre esta máquina voadora – praticamente nada. Aparentemente, quem a criou partiu do princípio de que um balão poderia ser muito maior e carregar muito mais peso do que se imaginava.
Nave Admosférica (1783)
Meio máquina voadora, meio navio, a Nave Admosférica é mais um projeto do qual se sabe muito pouco. Acredita-se que esse diagrama tenha sido impresso em Madri, Espanha, no ano de 1783. Assim como muitos outros projetos, a ideia tomava por base o uso de balões.
Nave Aérea de Terzi (1670)
Francesco Lana de Terzi foi um padre jesuíta italiano que, no livro Prodromo dell’Arte Maestra, propôs que em vez de se encher balões com um gás mais leve do que o ar (uma ideia que ainda não era bem compreendida na época), o ar deveria ser tirado dele, criando um vácuo que poderia levantar a aeronave. O interessante é que, na teoria, essa ideia até poderia funcionar, não fosse a pressão exercida no balão pela atmosfera, que causaria sua queda.
Passarola (1709)
Nascido no Brasil, o padre jesuíta Bartolomeu Lourenço de Gusmão desenvolveu diversos projetos aeronáuticos sob a chancela do rei Dom João V de Portugal. Gusmão conseguiu fazer um balão de ar quente flutuar em frente ao rei em 1709, quase incendiando o local onde eles se encontravam durante este processo. Ainda assim, o monarca ficou impressionado. Anos após a morte de Gusmão, este diagrama francês que ilustra uma aeronave erguida por imãs e movida a vento foi atribuído a ele.